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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Roteiro de turismo na Alemanha: Cinco dicas para os amantes de cerveja encontrarem o melhor em Berlim

Bier: o logo da Eschenbräu é feio, mas a cerveja é boa, muito boa

A Alemanha é sinônimo de cerveja e visitar Berlim pode ser a chance de fazer um mergulho no que o país tem de melhor. Apesar da fama cervejeira ser da Francônia, região que abrange o Norte da Baviera, o Sul da Turíngia e um pedacinho de Baden-Württemberg – Berlim tem reunido o melhor fora do eixo industrial. Por aqui, dezenas de microcervejarias têm encontrado mercado para os seus produtos e o número de fãs só cresce.

Assim, quando vier a cidade, minha dica é fugir das cervejarias mais tradicionais e de rótulos conhecidos do mercado. Apesar dos preços salgados, cervejas da Paulaner, Erdinger, Höfbrau, por exemplo, podem ser encontradas facilmente no Brasil. Então, aproveite a chance para beber e conhecer o que não se pode ter em casa.

1 – Vá a um bom Getränkemarkt
Os supermercados maiores (Edeka, Real, Kaufland, Rewe) costumam ter uma boa oferta de cervejas, mas os mercados especializados em bebidas, Getränkemarkt, selecionam seus estoques com mais carinho. Pode ser qualquer um: as estantes são como a Disneylândia dos cervejeiros e com preços bem alemães. Cervejas boas a partir de 0,65 € a garrafa de meio litro. A rede de lojas de bebidas Hoffmann é um bom ponto de partida.

Variedade: mesmo nos supermercados, não faltam opções de cerveja

2 – Visite uma loja especializada

São muitas pela cidade e cada um elege sua favorita. Elas reúnem aquelas preciosidades do mundo todo, cervejas artesanais e mesmo raridades. As cervejas não custam tanto quanto em um bar, mas os preços começam nos 2 Euros, geralmente. Eu gosto da Berlin Bier Shop por conveniência: é perto de casa e tem uma carta que não faz feio (apesar do site não fazer jus a loja!).

Arminiusmarkthalle: barris abastecidos com as melhores cervejas de Berlim


3 – Visite o Mercado Público Arminiusmarkthalle

Várias cervejarias nasceram e floresceram na região do Moabit em épocas passadas. Algumas fecharam e outras param de servir o público diretamente e concentraram suas torneiras nos diversos bares e restaurantes desse simpático mercado. Fique atento que o local fecha cedo, por volta das 19h, mas é possível entrar pelos fundos para beber cerveja e comer em um dos muitos restaurantes que se instalaram lá. Procure por esse ai da foto e peça o carrossel de degustação, com cinco cervejas locais (100 ml cada) por 5 Euros: uma preciosidade. Não deixe de provar a Berliner Weiss, que é uma cerveja de trigo bem azeda e pouco convencional. Eu particularmente não gosto, mas vale a experiência. As minhas favoritas são a Kreuzberger Tag und Nacht.


Menu de degustação: cinco copos de 100 ml por 5 Euros

4 – A cervejaria mais feia de Berlim
O lugar não é exatamente fácil de achar: a cervejaria fica nos fundos de um condomínio estudantil e muita gente desiste na porta achando que está no lugar errado. Vai ver esse é o segredo da Eschenbräu. Durante o verão, há um Biergarten na rua e o divertido é que você pode levar a própria comida, se quiser, e pedir uma das cervejas da casa para empurrar tudo pra baixo. Eles oferecem uma pilsen, uma escura e uma de trigo o ano todo e, a cada mês, uma especialidade. É preciso conferir o cardápio de produção. A Black Mamba, uma dessas ofertas, foi uma das melhores cervejas que já bebi na vida. Ah, antes que eu esqueça: o título de cervejaria mais feia vem por conta do logo e da decoração. É muito mal desenhado, propositalmente, quero crer.

5 – O point hipster das cervejas artesanais


A Vagabond é um daqueles lugares obrigatórios em Berlim, frequentado por gente da cidade e não por turistas. Vale pela essência da ideia e pelas cervejas, claro. A cervejaria foi fundada por três americanos cansados da mesmice das marcas comerciais da cidade. A ideia se tornou realidade por financiamento coletivo (crowdfunding) e hoje em dia o espaço é pequeno demais para tantos fãs. Por isso, evite os fins de semana, onde é até difícil chegar perto do balcão. Durante a semana, com sorte, se acha espaço em uma das cinco mesas da casa. O local é o mesmo onde as cervejas da casa são feitas (pode espiar!), mas elas não são as únicas estrelas. As torneiras servem ainda a produção de cervejarias parcerias em pequenas quantidades e é bem normal o quadro de ofertas mudar durante a noite. Além disso, o cardápio de cerveja tem ao menos uma centena de marcas, todas classificadas por tipo e sabor. Não espere pagar barato, mas vá com a certeza de sair feliz (e bêbado!).

Um comentário:

à Catarina disse...

Adorei as dicas, Ivana. Moro em Bremen e da próxima vez que eu for à Berlin quero mesmo provar todas essas dicas. Nas minhas últimas visitas fui ao Zillemarkt. Gostamos, meu marido, e eu, do ambiente, dos preços, da comida e, claro, da cerveja. Você já esteve lá?

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